A dor lateral do quadril tem cada vez mais acometido os praticantes de corridas. É a quarta maior queixa de dor em corredores e acomete principalmente mulheres.
Bursites, tendinites, contraturas musculares, dores irradiadas da coluna lombar são algumas patologias que podem causar essa dor. Patologias graves como tumor, fraturas, fibromialgia também podem gerar dor o que torna imprescindível a avaliação fisioterapêutica e médica.
Diferentemente de outras lesões em corredores, a dor não parece estar relacionada ao overtraining. Em 2011, Ferreira et al, investigou 100 corredores com e sem dor lateral do quadril e verificou que o grupo que desenvolveu dor lateral do quadril tinham os mesmo hábitos de treinamento que o grupo sem dor.
O que então pode gerar essa dor? Excluindo as patologias graves (tumor, fratura, fibromialgia) a dor lateral do quadril parece ter origem no desequilíbrio muscular local e no impacto da perna no solo durante a corrida onde há uma aumento de 2 a 2,9 o peso corpóreo sobre a articulação do quadril. Na caminhada a força desse impacto é de apenas 1 a 1,5 o peso corpóreo.
Com esse impacto grande na articulação, a musculatura lateral da coxa (abdutores) é muito recrutada e pode ser sobrecarregada gerando disfunção do movimento normal sobrecarregando os tecidos podendo ocasionar o aparecimento de tendinite, bursite ou a famosa síndrome do trato iliotibial (síndrome do corredor) que geram dor lateral do quadril.
As mulheres são mais acometidas devido ao fato da pelve ser mais larga, aumentando a demanda dos abdutores, que se estiverem fracos, não serão capazes de estabilizar o movimento.
Além do desequilíbrio muscular, outros fatores também aumentam a chance de dor lateral do quadril como esteira estreita (perna fica mais junta aumentando a sobrecarga sobre os músculos abdutores durante a corrida), pisada supinada, retropé varo, encurtamentos musculares e outros.
Tratamento Dor lateral do quadril
Tratamento dor lateral do quadril
O tratamento da em corredores com dor lateral do quadril é predominantemente conservador e personalizado. Inicialmente, o fisioterapeuta realiza uma investigação detalhada para identificar a causa subjacente da dor. Posteriormente, são implementadas abordagens específicas para cada tipo de origem da dor.
A abordagem terapêutica frequentemente se concentra na redução do desequilíbrio muscular local por meio de exercícios direcionados. Isso inclui a adaptação do gesto de corrida, considerando suas compensações, e a análise da necessidade de ajustes nos calçados. A avaliação minuciosa do tipo de pé e pisada, muitas vezes utilizando a Baropodometria, pode guiar a prescrição de Palmilhas personalizadas.
Além disso, o tratamento pode incorporar recursos anti-inflamatórios e métodos de controle da dor que ajudam a aliviar a inflamação e a promover a recuperação. A abordagem global inclui, é claro, a prática consistente de exercícios específicos destinados a fortalecer e equilibrar os músculos relacionados ao quadril.
A intervenção precoce e individualizada é fundamental para otimizar os resultados do tratamento. Ao abordar não apenas os sintomas, mas também as causas subjacentes, é possível proporcionar uma recuperação eficaz e prevenir recorrências, permitindo que os corredores retomem suas atividades físicas com segurança e desempenho.
No Instituto RV as sessões de fisioterapia são feitas individualmente o que aumenta a eficácia do tratamento e reduz o número de sessões.
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