Saiba que o medo da dor e da lesão criam mecanismos no cérebro que aumentam sua dor e impedem sua recuperação!
Uma lesão tecidual pode ou não ser seguida de DOR. Dependendo do que é dito e ensinado ao paciente sobre sua condição, pelo profissional de saúde que realiza seu atendimento, há basicamente 2 caminhos que serão percorridos:
- Paciente bem orientado sobre sua condição. Não terá medo da dor, não se sentirá incapacitado, enfrentará seu problema e terá grandes chances de se recuperar.
- Paciente mal orientado sobre sua condição. Terá medo da dor e irá acreditar que sua condição é limitadora. Esse medo da lesão e da incapacidade irá aumentar sua dor (sentirá mais dor por estar com medo). Irá evitar movimentar a área lesionada levando a desuso, depressão e incapacidade que gerará novas experiências dolorosas. Com a nova experiência dolorosa o ciclo se reinicia.
Toda ação gera uma reação. Chamamos de “efeito nocebo” quando o profissional da saúde utiliza o medo da dor como ferramenta para tratar seu paciente. Um exemplo é dizer a um adulto jovem de 30 anos que sua coluna é de um idoso de 80 anos. Isso não existe!!! A coluna tem 30 anos apenas. Esse efeito Nocebo gera um medo exagerado no paciente que passa a não realizar mais suas atividades piorando seu quadro de dor.
Estudos recentes mostram que o “efeito nocebo” muda o comportamento e funcionamento do cérebro e criam áreas de hiperestimulação. Essas áreas hiperestimuladas mudam a forma de processar a dor. Muitas vezes, a lesão tecidual não existe mais, porém, a área do cérebro que processava a dor continua estimulada e o paciente acaba sentindo dor, mesmo a lesão não existindo mais.
É importante que os profissionais aprimorarem suas habilidades no manejo da dor através de técnicas de tratamento, mas isso não é o suficiente. É fundamental que os profissionais incluam em suas habilidades o poder de “EDUCAR” seus pacientes sobre sua condição e saber identificar como cada paciente reage a dor, identificando expectativas individuais, crenças e sentimentos como fatores para analisar se o medo da dor por parte do paciente pode atrapalhar ou não a sua recuperação.
Com Educação e Movimento é possível planejar uma estratégia de reativação para que o paciente possa voltar as suas atividades sem limitação evitando incapacidades. A fisioterapia, possui diversas ferramentas para ensinar seus pacientes a enfrentarem seus medos, recuperando a confiança do paciente que não se sentirá mais incapaz.
No Instituto RV, os fisioterapeutas utilizam “Educação em dor” associado a exercícios para recuperar seus pacientes e evitar o medo da dor. Utilizamos protocolos de avaliação e questionários que medem a incapacidade do paciente e o risco de mau prognóstico devido a fatores físicos e psicossociais. Não deixe que o medo da dor atrapalhe sua recuperação!